quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A vinícola já não dá mais frutos


E então, a garota morreu. Como se já o mundo esperasse por esta notícia, no dia 23 de julho Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa. Eu ouvi frases do tipo "ahh, mas com a vida doida que ela vivia, o fim era esse mesmo!" Depois fiquei refletindo: "meu Deus, ela tinha a minha idade. Como qualquer outra pessoa, carecia de amor. Precisava de colo. Precisava de Deus."

Ela sonhava em ter filhos e em morar em algum lugar distante da vida popular que tinha. Vi um vídeo em que Amy andava de táxi a caminho da primeira gravadora com que firmaria contrato, cerca de uns 12 anos atrás. Era uma menina muito doce, com aquela cara de entusiasmo por verem as coisas "dando certo" pra sua carreira. O taxista perguntou: você será famosa? e ela disse "não sei", toda tímida. E ele pergunta: qual seu nome, pra eu saber depois se vc ficou famosa. "Amy Winehouse", responde a menina.

Ninguém pode negar: seu timbre de voz era maravilhoso, sua voz era inconfundível. Não há como deixar de notar o poder que seu estilo tinha, num jazz moderno e controverso, extremamente bem tocado e composto.

Andei analisando e percebi que suas canções tratavam sempre de amores mal-resolvidos, decepções com homens do tipo canalha e o quanto lhe caía bem a companhia das drogas. Falava de si. Acredito que queria desabafar, de certa forma.

Amy vivia uma vida conturbada, abusando sempre do álcool e das drogas. A maioria das histórias de grandes artistas que também agiam assim também tiveram fim parecido, infelizmente não chegam muito longe.
Renato Russo cantou "é tão estranho, os bons morrem jovens". Ele mesmo acabou cumprindo sua própria profecia.

Esse caminho conturbado deve ser, de alguma forma, atraente, gostoso, porque se não fosse, ninguém seguiria por ele. Acontece que para toda ação existe uma reação. Não é possível de uma única fonte jorrar água doce e amarga. Em algum momento, um dos caminhos será eliminado. No caso de Amy, o caminho da vida.

Uma das lições que posso enxergar é essa: o caminho da desobediência sempre leva à mote. Não digo somente a morte fisica, mas a morte da alma, do coração. A morte daquilo que podemos querer conquistar um dia. Desobediência àqueles que nos amam, desobediência aos preceitos de Deus. Sua Palavra nos mostra, insistentemente, o quanto o Senhor anseia que sejamos totalmente Dele e vivamos uma vida na Sua presença.

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